segunda-feira, 26 de julho de 2010

TE AMO.


É, minha pequenininha... tu não sabe a falta que tu faz aqui do meu lado, mesmo que seja pra eu te encher o saco chamando-a de "gorda".
Sua atitude hoje foi muito honrada, cara. Tô tão feliz por ser o seu irmão, Rhe. Nem parece que a gente brigava de socos e tapas pra valer. Acho que isso só nos fortaleceu.
Há quem critique nosso apego. Tu sabe, dentro mesmo da família acham que esse nosso apego é uma coisa feia e que irmãos não devem se amar do jeito que a gente se ama.
Pelo contrário, né, Rhe? Nosso amor vai muito, mas muito longe mesmo que, só pelo nosso olhar, sabemos o que está se passando com o outro.
Repito: sua atitude foi a melhor, gorda. Você não sabe quão confortável pra mim foi o teu abraço; quão desesperador foi ver teu choro, tanto que não me contive e desabei em lágrimas também. Ah, minha irmã, não vejo a hora de morarmos juntos de novo. Não vejo a hora de estar aí contigo de novo, mesmo que seja por dois dias, mesmo que a gente fique olhando um pra cara do outro e rindo de nada.
Não sei explicar o que eu quero agora. Só quero estar do seu lado e enxugar essas lágrimas que rolam no teu rosto e te fazer sorrir, Rhe.
Eu te amo demais e nada nem ninguém vai fazer a gente mudar esse nosso jeito.
Só quero te agradecer por sentir o que eu sinto e ter tomado as minhas dores, bebê.
Não sei mais o que falar, Rhe.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sabe porque falo tão baixo?
É que, mesmo distante, tu consegues captar o mais inaudível som que sai de mim.
Mesmo quando esse som vem do coração, tu tem o poder de sentir.
E sente com tanta veemência que fico paralisado quando, do nada, você começa a descorrer sobre aquele som que eu emiti.
E isso me deixa cada vez mais calado. Sentindo que não preciso nem mais falar baixo.
Basta que tu ouças uma batida do meu coração pra saber o que retrucar.
E essa reciprocidade me afeta cada dia mais que eu já não consigo controlar as batidas do meu coração.
Som da minha boca não sai mais. Só a mais ofegante sensação de bem-estar.
Perco o ar.